As técnicas de cirurgia
bariátrica interferem diretamente na digestão e/ou na absorção dos alimentos. Embora
não seja unânime, mas é fato que após a cirurgia bariátrica, cerca de 70% dos
pacientes se queixam de queda de cabelo intensa. Essa situação se deve essencialmente
a restrição alimentar intensa advinda da cirurgia.
Alopecia androgenética consiste na queda continuada dos cabelos com substituição por fios cada vez mais finos e menores, levando à rarefação dos pelos e à calvice.
A calvice, principalmente, a
feminina pode desencadear ou agravar alterações psicológicas preocupantes, como
a depressão, a ansiedade, os transtornos alimentares, interferindo na evolução
clínica do paciente em tratamento bariátrico.
Como se percebe, os cabelos
não são apenas agregados de queratina. E em situações de perda pós bariátrica a
fisioterapia dispõe recursos dermatofuncionais para assistir esses pacientes
que sofrem com a alopecia.
O microagulhamento é um
desses recursos capazes de proporcionar resultados satisfatórios. Consiste na
indução percutânea através de um instrumento denominado roller que é utilizado após assepsia do couro cabeludo, sendo
associado à terapia medicamentosa (geralmente, à base de zinco) devidamente
prescrita pelo dermatologista. Haverá a estimulação de queratinócitos e
fibroblastos com consequente estimulação capilar.
Para que os resultados sejam
seguros e eficazes, seguindo-se uma propedêutica científica e anamnese adequada,
o fisioterapeuta bariátrico com formação dermatofuncional é o profissional que possui
a expertise para o tratamento apropriado da alopecia androgenética pós
bariátrica.
Diante da temática, compartilhe referências de artigos que abordem a intervenção da fisioterapia.